Um estudo apresentado pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) no dia 26 de fevereiro desse ano, indicou uma queda nos números de lançamentos e de vendas de imóveis no Brasil em 2023, em comparação com 2022. Segundo os dados divulgados, o número de novas unidades residenciais lançadas diminuiu em 11,4%, com 293.013 unidades entrando no mercado no ano passado, em comparação com as 331.010 unidades lançadas em 2022. As vendas foram ligeiramente inferiores, ficando 1,4% abaixo do mesmo período de 2022.
Na região Norte, a tendência de queda no número de unidades lançadas foi acompanhada, registrando uma redução significativa de 35,5% no último trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022, com 2.028 unidades lançadas contra 3.145 anteriormente. No entanto, o aumento no número de unidades vendidas no mesmo período foi notavelmente superior a média nacional de 1,7%, com uma alta de 38,1%, totalizando 2.285 unidades vendidas no 4º trimestre de 2023, em comparação com as 1.655 unidades vendidas no mesmo período de 2022. De dezembro de 2020 até dezembro de 2023, foram lançadas na região Norte um total de 9.051 unidades, enquanto o número de unidades vendidas nesse período foi de 8.834.
“A região Norte, em especial o Pará, vem nessa tendência superior a média nacional, pois o estado vem tendo destaque nacional e político, o que movimenta os holofotes dos investidores. Diante de tantos eventos nacionais e internacionais movimentando o estado, é esperado que o mercado fique aquecido. Grandes obras, puxam grandes investimentos e empreendimentos. É tempo de aproveitar o momento e pensar nos legados”, diz Marlene Felippe, presidente do CRECI-PA.
“Podemos atribuir esse comportamento diferenciado existente por três razões: demanda regional, pois a região Norte tem uma demanda específica por imóveis que não foi afetada pelas mesmas condições econômicas ou sociais que impactaram outras áreas do país; investimentos e infraestrutura que possibilitaram o desenvolvimento urbano ou programas habitacionais que impulsionaram o mercado imobiliário na região, contrabalançando a tendência nacional; e setores econômicos, pois a economia da região Norte está ligada a setores que não foram tão afetados pela crise e que apresentaram crescimento, como agronegócio, mineração e o turismo”, diz Genardo Chaves de Oliveira, especialista no Mercado Imobiliário paraense.
Fonte: Portal de notícias “O Liberal”
Publicado em: 28/02/2024